sábado, 29 de novembro de 2008

“My sweet prince you’re the one”

O silêncio atravessa os meus dentes, mais rápido que a luz, porque agora está tudo escuro; arrepia a sensibilidade forte e ríspida de que os caninos são feitos e esconde-se por detrás das gengivas sangrentas e do espírito que há muito apodreceu no hálito cinzento da rua espessa. A droga atravessou-se na corrente eléctrica do organismo e fez amor com os neurónios do cérebro que se quer desligar. Só queria um minuto de silêncio que fosse, um minuto em que a minha mente não tivesse que ter consciência dele, um minuto de morte, e uma eternidade de vida, e um minuto vulnerável ao qual pudesse acrescentar quantos mais segundos desejasse.

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