segunda-feira, 30 de junho de 2008

Afoguei-me naquelas águas gaseificadas, cor de Coca-Cola e agora procuro desesperadamente por uma borbulha do gás rarefeito onde possa respirar pedaços de vida, uma procura é aquilo que me define, se sou aquilo que faço, então sou uma busca incessante por algo que nunca chegará aparecer. Porque de gula está o mundo cheio, e eu quis engoli-lo, achei mesmo que conseguia e entalei-me; para minha estranha existência coexistiu grande pancada no corpo e na alma. Há que dar ciclo àquilo que menos queria, há que continuar nesta maré de amores e desamores, o mundo é grande demais para só ter uma cor, mas eu não percebi isso, nunca tinha tentado sequer.
Apetece-me desesperadamente provar tudo, agora que o meu bem seguiu o caminho contrário sem retorno, perdi o medo de errar, se mesmo com ele errei, não sei da vontade, procurei-a por toda a parte e continuo sem realmente importar-me com isso.
Mergulhei-me no copo que bebeste, saíste satisfeito, embora soubesses que jamais me satisfarias, continuavas a deixar um resto para beber no fundo, para que esse perdesse por si todo o gás e que acabasse por desistir de ser bebido. Afinal, sempre conseguiste tudo o que querias, menos eu…Para variar um pouco; saí magoada.

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